sexta-feira, 3 de julho de 2015

Louvai ao Senhor em Todo Tempo

"Bendirei continuamente ao Senhor, seu louvor não deixará meus lábios." Sl 33,2



Lilian, Wenderson, Matheus e Thalisson
Ter a oportunidade de estar com esses jovens e com eles louvar a Deus tem sido maravilhoso.
Cada um com um talento e com uma percepção de mundo e da vida que traduz na riqueza da Igreja de Cristo e no compromisso com Cristo.
Esse chamado do servir na música não está separado do desejo da intimidade com Deus, com a palavra de Deus, com a oração.
O que move o jovem? O que move o ser humano? O que desperta o desejo de servir e contribuir com o seu talento? Quando esse jovem ou membro da igreja ou comunidade chegou como ele estava? o que aconteceu para ele sentir esse desejo de servir? o que despertou nele esse desejo? Como ele está hoje? E qual o plano de futuro dentro da comunidade, grupo ou pastoral?

Pedro e Andrey
Esses são os desafios se que se encontram e que a cada Missa, em cada partilha e reunião, cada participante vai encontrando suas respostas, seus significados e seu lugar. Sabendo que ali ele encontrou um porto seguro para se preparar para como disse o Santo João Paulo II ir para águas mais profundas....

Em cada olhar desses jovens, em cada descoberta, em cada oração, em cada partilha, percebo a igreja se tornando nova e mais forte.

Deus Proverá

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Marcos 4,1-20. Dar fruto e produzir a trinta, a sessenta e a cem por um



Marcos 4,1-20.
Naquele tempo, Jesus começou a ensinar de novo à beira mar. Veio reunir-se junto d'Ele tão grande multidão que teve de subir para um barco e sentar-Se, enquanto a multidão ficava em terra, junto ao mar. Ensinou-lhes então muitas coisas em parábolas. E dizia-lhes no seu ensino:  Escutai: Saiu o semeador a semear.  Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho; vieram as aves e comeram-na.  Outra parte caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; logo brotou, porque a terra não era funda. Mas, quando o sol nasceu, queimou-se e, como não tinha raiz, secou. Outra parte caiu entre espinhos; os espinhos cresceram e sufocaram-na e não deu fruto. Outras sementes caíram em boa terra e começaram a dar fruto, que vingou e cresceu, produzindo trinta, sessenta e cem por um. E Jesus acrescentava: Quem tem ouvidos para ouvir, oiça". Quando ficou só, os que O seguiam e os Doze começaram a interrogá-l'O acerca das parábolas.  Jesus respondeu-lhes: "A vós foi dado a conhecer o mistério do reino de Deus, mas aos de fora tudo se lhes propõe em parábolas,  para que, ao olhar, olhem e não vejam, ao ouvir, oiçam e não compreendam; senão, convertiam-se e seriam perdoados".  Disse-lhes ainda: "Se não compreendeis esta parábola, como haveis de compreender as outras parábolas?
O semeador semeia a palavra. Os que estão à beira do caminho, onde a palavra foi semeada, são aqueles que a ouvem, mas logo vem Satanás e tira a palavra semeada neles. Os que recebem a semente em terreno pedregoso são aqueles que, ao ouvirem a palavra, logo a recebem com alegria; mas não têm raiz em si próprios, são inconstantes, e, ao chegar a tribulação ou a perseguição por causa da palavra, sucumbem imediatamente. Outros há que recebem a semente entre espinhos. Esses ouvem a palavra, mas os cuidados do mundo, a sedução das riquezas e todas as outras ambições entram neles e sufocam a palavra, que fica sem dar fruto. E os que receberam a palavra em boa terra são aqueles que ouvem a palavra, a aceitam e frutificam, dando trinta, sessenta ou cem por um".



São Cesário de Arles (470-543), monge, bispo Sermões ao povo, n.º 6; CCL 103, 32

Dar fruto e produzir a trinta, a sessenta e a cem por um

Há duas espécies de campos, irmãos: um é o campo de Deus, o outro o dos homens. Tal como tu tens os teus domínios, também Deus tem os seus. Os teus domínios são a tua terra; os de Deus são a tua alma. Seria porventura justo que cultivasses o teu terreno e deixasses em pousio o de Deus? Se pões a tua terra em cultivo mas não fazes o mesmo com a tua alma, é porque pretendes pôr a tua propriedade a render, mas não a de Deus? Achas isso justo? Porventura Deus merecerá da nossa parte tamanha negligência em relação à nossa alma, que Ele tanto ama? Se te regozijas por veres o teu terreno bem cultivado, porque não choras ao ver a tua alma em pousio ( interromper o cultivo do terreno por muito tempo... deixar em repouso)? A colheita do teu terreno assegurar-te-á a sobrevivência por uns dias neste mundo, mas o cuidado da tua alma dar-te-á a vida eterna no céu. […]

Deus dignou-Se confiar-nos a nossa alma como seu domínio; portanto, por intermédio do seu auxílio ponhamos mãos à obra com todas as nossas forças para que, no momento em que visitar o seu terreno, Ele o encontre bem cultivado e em perfeita ordem: que Ele possa encontrar um pomar em vez dum silvado, vinho em vez de vinagre e trigo em vez de joio. Pois se lá encontrar tudo o que é agradável a seus olhos, dar-nos-á como recompensa as alegrias eternas, ao mesmo tempo que lançará as silvas ao fogo.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Vieram, então, trazer-Lhe um paralítico

Evangelho (Mc 2,1-12)
1Alguns dias depois, Jesus entrou de novo em Cafarnaum. Logo se espalhou a notícia de que ele estava em casa. 2E reuniram-se ali tantas pessoas, que já não havia lugar, nem mesmo diante da porta. E Jesus anunciava-lhes a Palavra. 3Trouxeram-lhe, então, um paralítico, carregado por quatro homens. 4Mas não conseguindo chegar até Jesus, por causa da multidão, abriram então o teto, bem em cima do lugar onde ele se encontrava. Por essa abertura desceram a cama em que o paralítico estava deitado. 5Quando viu a fé daqueles homens, Jesus disse ao paralítico: “Filho, os teus pecados estão perdoados”. 6Ora, alguns mestres da Lei, que estavam ali sentados, refletiam em seus corações: 7“Como este homem pode falar assim? Ele está blasfemando: ninguém pode perdoar pecados, a não ser Deus”. 8Jesus percebeu logo o que eles estavam pensando no seu íntimo, e disse: “Por que pensais assim em vossos corações? 9O que é mais fácil: dizer ao paralítico: ‘os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te, pega a tua cama e anda’? 10Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem, na terra, poder de perdoar pecados disse ele ao paralítico: 11eu te ordeno: levanta-te, pega tua cama, e vai para tua casa!” 12O paralítico então se levantou e, carregando a sua cama, saiu diante de todos. E ficaram todos admirados e louvavam a Deus, dizendo: “Nunca vimos uma coisa assim”.


Comentário do dia:

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja
Discursos sobre os Salmos, Sl 36, nº 3, §3 



Não poderemos nós levar um homem cujas forças interiores estão enfraquecidas, como o paralítico do Evangelho, e abrir-lhe o teto das Escrituras para o fazer descer até aos pés do Senhor?

Vede bem, tal homem é um paralítico espiritual. Vejo esse teto (da Escritura) e sei que Cristo Se esconde sob esse teto. Farei portanto, na medida do possível, aquilo que o Senhor aprovou em relação aos que abriram o teto da casa e desceram o paralítico. Na verdade, Ele disse-lhe: «Filho, os teus pecados estão perdoados.» E Jesus curou esse homem da sua paralisia interior: perdoou-lhe os pecados e firmou a sua fé.

Mas ali havia pessoas cujos olhos não conseguiam ver a cura da paralisia interior e que tomaram o Médico que a tinha operado por blasfemo. «Porque fala este assim? Blasfema! Quem pode perdoar pecados senão Deus?» Mas, como esse Médico era Deus, ouviu esses pensamentos dos seus corações. Eles acreditavam que Deus tinha verdadeiramente esse poder, mas não conseguiam ver que era Deus que estava diante deles. Então, o Médico agiu também sobre o corpo do paralítico, para curar a paralisia interior dos que assim falavam. Fez uma coisa que lhes permitisse ver e acreditar.

Tem pois coragem, tu que tens um coração frágil, tu que estás doente a ponto de seres incapaz de melhorar o mundo. Coragem, tu que estás paralisado interiormente! Juntos, abramos o teto das Escrituras, para descermos até junto dos pés do Senhor.