sábado, 20 de março de 2010
Twitando com o ministério
o Ministério agora tbm está no twitter, onde são postadas alghumas das palavras que mais marcam o ensaio !!
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Litiurgia da Igreja
No dia do Pentecostes, pela efusão do Espírito Santo, a Igreja foi manifestada ao mundo(1). O dom do Espírito inaugura um tempo novo na «dispensação do mistério»: o tempo da Igreja, durante o qual Cristo manifesta, torna presente e comunica a sua obra de salvação pela liturgia da sua Igreja, «até que Ele venha» (1 Cor 11, 26). Durante este tempo da Igreja, Cristo vive e age, agora na sua Igreja e com ela, de um modo novo, próprio deste tempo novo. Age pelos sacramentos e é a isso que a Tradição comum do Oriente e do Ocidente chama «economia sacramental». Esta consiste na comunicação (ou «dispensação») dos frutos do mistério pascal de Cristo na celebração da liturgia «sacramental» da Igreja.
(Fonte: Catecismo da Igreja Católica)
sexta-feira, 19 de março de 2010
A Liturgia da Igreja
A atualidade da Missão de São José
A figura de São José adquire em nossos dias uma grande popularidade. Pio IX o declarou patrono da Igreja Universal, Pio XII instituiu a festa de São José Operário, João XXIII pede sua proteção especial para o Concílio Ecumênico Vaticano II e acrescenta seu nome ao cânon da missa. É ainda patrono dos pais de família, dos tesoureiros, dos procuradores, dos trabalhadores em geral. Servidor fiel e prudente a serviço da Sagrada Família, continua sendo servidor da família cristã, modelo das virtudes do lar.
A vida de São José foi toda ela um contínuo serviço a Jesus e a Maria. Nós cremos que foram realmente proféticas as palavras que lhe dirigiu o sábio oriental quando lhe disse que ele era "o mais feliz dos mortais..." Sim, ele o foi. Que outro paraíso podia dar-lhe Deus, se ele já viveu o céu na terra?
Nós falamos de São José, que tão pouco foi mencionado, mas precisamos falar com ele. Na verdade, ele nos disse muitas coisas com o seu silêncio eloqüente e santificador, com a sua prontidão em executar os desejos de Deus. Jesus, que sempre nos ensina a toda a humanidade, a dignificar o próprio trabalho, recebeu seu carinho e proteção.
São José é o protetor da Igreja Católica Universal, que peregrina em todo o orbe. Devemos ter uma profunda devoção por ele porque protegeu Maria e Jesus e é modelo de todas as virtudes.
Se confiarmos aos seus cuidados à unidade da Igreja, as ordens e os movimentos religiosos, as famílias, ele guardará os jovens e as crianças para que não sejam arrastados pela maldade do mundo, mas caminhem protegidos por ele, segundo os planos de Deus.
Procuremos descobrir hoje e sempre, continuamente, a presença de São José em nossas famílias, no mistério de nossa fé. E ele continuará sendo, como sempre o foi, o nosso protetor, o nosso modelo. Que ele rogue a Deus por nós, por este mundo tão afastado do amor e que precisa tanto seguir o exemplo deste santo, escolhido e amado por Deus, por Maria e por nós. São José, rogai por nós!
+ Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)
quinta-feira, 18 de março de 2010
Cruz: o primeiro e o mais feliz dos ‘logotipos’!
Como fora escondida depois do mistério da morte de Cristo, a História registra sua descoberta em Jerusalém no ano de 326, por Santa Helena, mãe de Constantino.
A partir de então, a devoção à cruz difundiu-se tão rapidamente, e antes de se encerrar o século, surgiu o hino Flecte genu lignumque Crucis venerabile adora (genuflexo, adora o venerável lenho da Cruz).
De alguns lustros para cá, vem surgindo aqui, lá e acolá um debate sobre a presença de símbolos religiosos, sobretudo da cruz, em lugares ou repartições públicas tais como escolas, hospitais, câmaras legislativas, prefeituras e mesmo no Judiciário.
Trata-se na realidade de confessionalismo ideológico e agnóstico, pois equivale a dizer: “Como você tem uma convicção, uma religião, não pode impô-la a mim. Mas eu Estado, todo-poderoso, agnóstico e ateu, posso impor a minha a você. Nós divergimos, mas quem tem razão sou eu, pois tenho a mente livre e não atada por dogmas religiosos!”
Na verdade, parece tratar-se mais de um bizarro Estado dito democrático e pluralista, no qual só os ateus e agnósticos têm o direito de falar e modelar leis e costumes segundo seus princípios.Seria essa a nova ditadura na qual os “dogmas” do laicismo seriam impostos a todos?
Se hoje nas escolas, nas repartições, nos prédios e nos lugares públicos a cruz de Cristo não pode aparecer, amanhã, em nome do mesmo princípio, os pais não poderão ensinar a Religião, pois violariam a opção livre de seus filhos.
Até aonde chegará a ousadia do Estado moderno?
segunda-feira, 15 de março de 2010
Parábola do filho pródigo: esse filho estava morto e agora ressuscitou.
Lucas 15,1-3.11-32
Naquele tempo, 1os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. 2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus: “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. 3Então Jesus contou-lhes esta parábola:
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Pedro Crisólogo (c. 406-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja
Homilia sobre o perdão, 2, 3 (a partir da trad. breviário)
«Irei ter com meu pai»
Se a conduta deste jovem nos desagrada, aquilo que nos causa horror é a sua partida: no nosso caso, não nos afastemos nunca de um pai destes! A simples visão do pai faz fugir os pecados, expulsa o erro, exclui qualquer má conduta e qualquer tentação. Mas, no caso de termos partido, de termos esbanjado toda a herança do pai numa vida desregrada, de nos ter acontecido cometer qualquer erro ou má ação, de termos caído no abismo da blasfémia, levantemo-nos e regressemos para junto de um pai tão bom, convidados por exemplo tão belo.
«O pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos.» Pergunto-vos: haverá lugar para o desespero? Haverá pretexto para desculpas? Falsas razões para receios? A menos que se receie o encontro com o pai, que se receiem os seus beijos e os seus abraços; a menos que se julgue que o pai quer tomar para recuperar, em lugar de receber para perdoar, quando pega no filho pela mão, o toma nos abraços e o aperta contra o coração. Mas este pensamento, que esmaga a vida, que se opõe à nossa salvação, é amplamente vencido, amplamente aniquilado pelo seguinte: «O pai disse aos seus servos: «Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha; dai-lhe um anel para o dedo e sandálias para os pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o; vamos fazer um banquete e alegrar-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado.»» Após termos ouvido isto, poderemos ainda demorar-nos? Que esperamos para regressar para junto do pai?
Graça: supõe a natureza?
2. Santo Agostinho: O santo de Hipona é Doutor da Graça. Em sua obra A natureza e a graça, encontramos um perene ensinamento. Transcrevemos abaixo na íntegra a excelente resenha desta obra publicada na forma de introdução por Roque Frangiotti:
" Para Agostinho, a natureza merece elogios como obra saída das mãos criadoras de Deus, mas, no estado atual, acha-se enferma e debilitada devido ao pecado, necessitada de socorro divino, isto é, da graça. Esta aperfeiçoa, enobrece, cura e santifica o homem. Reconhece o valor da natureza, porém, deixada a si mesma, não tem nenhuma potencialidade, a não ser para o pecado. Deus criara, de fato, o homem com perfeição, equilíbrio e íntegro. Com a transgressão, perdeu a integridade e este despojamento foi transmitido às gerações sucessivas. Neste estado, o homem não teria salvação se não lhe fosse dada a graça de Deus. Esta é dom gratuito. Não é devida aos méritos humanos: gratia gratis data, unde et gratia nomiatur [a graça é dada de graça, pelo que esse nome lhe é dado]. Agostinho insiste em que a graça não é dada em recompensa a nossos méritos ou devido à nossa dignidade natural: Trabalhei mais que todos, embora não eu, mas a graça de Deus que está comigo (1Cor 15,10). O mérito não é fruto do ato humano, mas da ação amorosa de Deus. Do contrário, a graça não seria dom, mas soldo. Para Agostinho, a verdadeira graça é aquela obtida pelos méritos de Jesus Cristo, aquela que não é a natureza, mas a que salva a natureza. Contudo, o homem não permanece meramente passivo sob a ação da graça. Há cooperação humana. A graça nos faz cooperadores de Deus, porque, além de perdoar os pecados, faz com que o espírito humano coopere na prática das boas obras: nós agimos, mas Deus opera em nosso agir. Natureza e graça não são forças que se opõem, que se destroem, mas que se irmanam, se ajudam. Assim como a medicina não vai contra a natureza, mas contra a enfermidade, a graça vai contra os vícios e defeitos da natureza. Por isso a graça não destrói a natureza, mas a aperfeiçoa [gratia non tollit, sed perficit naturam]. Contra aqueles que crêem na inocência do homem, no seu poder de viver sem pecado graças a seus próprios esforços, Agostinho explora a miséria espiritual profunda do homem, tanto antes quanto depois do batismo. Antes, pelo fato da transmissão hereditária e da imputação do pecado de Adão. Depois do batismo, o homem se torna inevitavelmente pecador por força da concupiscência. Há uma espécie de necessidade de pecar. Por essa razão, o homem tem necessidade a cada instante e em cada um de seus atos de um socorro divino . [Santo Agostinho, A Graça (I). São Paulo: Paulus, 1999, Introdução por R. Frangiotti, pp.106- 108.].
Ateu também busca o rosto de Deus, diz Papa
Só se constitui uma relação madura com Ele ao descobrir sua misericórdia
Falando da janela de seu escritório aos peregrinos reunidos na praça de São Pedro para a oração do Angelus, o Papa comentou a passagem evangélica da liturgia de domingo, o “filho pródigo”.
“Este texto evangélico tem sobretudo o poder de nos falar de Deus, de nos dar a conhecer seu rosto, mais ainda, seu coração”, disse o pontífice.
“Depois de que Jesus nos falou do Pai misericordioso, as coisas já não são como antes; agora, conhecemos Deus: é nosso Pai, que por amor nos criou livres e dotados de consciência, que sofre se nos perdemos e que faz festa se regressamos.”
Por esse motivo – considerou Bento XVI – “a relação com ele se edifica através de uma história, como sucede a todo filho com seus pais: ao início, depende deles; depois, reivindica sua própria autonomia; por último – se há um desenvolvimento positivo – alcança uma relação madura, baseada no reconhecimento e no amor autêntico”.
Nestas etapas se podem interpretar também momentos da caminhada do homem na sua relação com Deus.
“Pode-se dar uma fase que é como a infância: uma religião movida pela necessidade, pela dependência.”
“Na medida em que o homem cresce e se emancipa – acrescentou –, quer libertar-se desta submissão e fazer-se livre, adulto, capaz de regular-se por si mesmo e de tomar as próprias opções de maneira autônoma, pensando inclusive que pode prescindir de Deus.”
“Esta fase é delicada – advertiu –: pode levar ao ateísmo, mas com frequência esconde também a exigência de descobrir o autêntico rosto de Deus.”
Felizmente – reconheceu –, Deus “não desfalece em sua fidelidade e, ainda que nos distanciemos e fiquemos perdidos, Ele nos segue com seu amor, perdoando nossos erros e falando interiormente a nossa consciência, para nos atrair a si”.
Na parábola – disse o Papa –, os dois filhos “representam os dois modos imaturos de se relacionar com Deus: a revolta e uma obediência infantil. Ambas formas se superam através da experiência da misericórdia”.
“Só experimentando o perdão, reconhecendo que somos amados com um amor gratuito, maior que nossa miséria e que nossa justiça, entramos finalmente em uma relação verdadeiramente filial e livre com Deus”, concluiu.