quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
O grão de mostarda
Lucas 13,18-21
Naquele tempo, disse Jesus: «A que é semelhante o Reino de Deus e a que posso compará-lo? É semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e deitou no seu quintal. Cresceu, tornou-se uma árvore e as aves do céu vieram abrigar-se nos seus ramos.» Disse ainda: «A que posso comparar o Reino de Deus? É semelhante ao fermento que certa mulher tomou e misturou com três medidas de farinha, até ficar levedada toda a massa.»
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Estai Preparados
Lucas 12,39-48
Comentário ao Evangelho do dia feito por Bem-aventurado John Henry Newman (1801-1890), teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra Sermão «Watching»; PPS, t. 4, n° 22
Estai preparados
O nosso Salvador fez esta advertência quando estava prestes a deixar este mundo, ou seja, a deixá-lo visivelmente. Ele previa que poderiam decorrer séculos até ao Seu regresso. Conhecia o Seu próprio desígnio, o de Seu Pai: deixar gradualmente o mundo a si mesmo, ir retirando gradualmente as
O que não me destrói, fortalece-me!
“Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote.
Pensou logo no tipo de comida que haveria ali.
Ao descobrir que era ratoeira ficou aterrorizado.
Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:
- Há ratoeira na casa, ratoeira na casa !!
A galinha:
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi até o porco e:
- Há ratoeira na casa, ratoeira !
- Desculpe-me Sr. Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranqüilo que o Sr. será lembrado nas minhas orações.
O rato dirigiu-se à vaca e:
- Há ratoeira na casa!
- O que? Ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!
Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira.
Naquela noite, ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima.. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não percebeu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher…
O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital.
Ela voltou com febre.
Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha.
O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.
Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.
Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo.
Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.
Moral da História:
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco.
O problema de um é problema de todos!”
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Jesus estava algures a orar
«Jesus estava algures a orar»
terça-feira, 21 de junho de 2011
Apertado é o caminho que conduz à vida
Mateus 7,6.12-14
Comentário ao Evangelho do dia feito por Orígenes (c. 185-253), presbítero e teólogo Homilias sobre o Êxodo, nº 5, 3; SC 321
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a Minha Igreja
Ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?» Eles responderam: «Uns dizem que é João Baptista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas.» Perguntou-lhes de novo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.» Jesus disse-lhe em resposta: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu. Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela. Dar-te ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por Concílio Vaticano II Constituição Dogmática sobre a Igreja, «Lumen Gentium», § 22
Assim como, por instituição do Senhor, São Pedro e os restantes Apóstolos formam um colégio apostólico, assim de igual modo estão unidos entre si o Romano Pontífice, sucessor de Pedro, e os Bispos, sucessores dos Apóstolos. A natureza colegial da ordem episcopal, claramente comprovada pelos Concílios ecuménicos celebrados no decurso dos séculos, manifesta-se já na disciplina primitiva, segundo a qual os Bispos de todo o orbe comunicavam entre si e com o Bispo de Roma no vínculo da unidade, da caridade e da paz; e também na reunião de Concílios, nos quais se decidiram em comum coisas importantes, depois de ponderada a decisão pelo parecer de muitos; o mesmo é claramente demonstrado pelos Concílios Ecuménicos, celebrados no decurso dos séculos. E o uso já muito antigo de chamar vários Bispos a participarem na elevação do novo eleito ao ministério do sumo sacerdócio insinua-a já também. É, pois, em virtude da sagração episcopal e pela comunhão hierárquica com a cabeça e os membros do colégio que alguém é constituído membro do corpo episcopal. Porém, o colégio ou corpo episcopal não tem autoridade a não ser em união com o Romano Pontífice, sucessor de Pedro, entendido com sua cabeça, permanecendo inteiro o poder do seu primado sobre todos, quer pastores quer fiéis. Pois o Romano Pontífice, em virtude do seu cargo de vigário de Cristo e pastor de toda a Igreja, tem nela pleno, supremo e universal poder que pode sempre exercer livremente. A Ordem dos Bispos, que sucede ao colégio dos Apóstolos no magistério e no governo pastoral, e, mais ainda, na qual o corpo apostólico se continua perpetuamente, é também, juntamente com o Romano Pontífice, sua cabeça, e nunca sem a cabeça, sujeito do supremo e pleno poder sobre toda a Igreja, poder este que não se pode exercer senão com o consentimento do Romano Pontífice. Só a Simão colocou o Senhor como pedra e clavário da Igreja (cfr. Mt. 16, 18-19), e o constituiu pastor de todo o Seu rebanho (cfr. Jo. 21, 15 ss.); mas é sabido que o encargo de ligar e desligar conferido a Pedro (Mt. 16,19) foi também atribuído ao colégio dos Apóstolos unido à sua cabeça (Mt. 18,18; 28, 16-20). Este colégio, enquanto composto por muitos, exprime a variedade e universalidade do Povo de Deus e, enquanto reunido sob uma só cabeça, revela a unidade do redil de Cristo.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Formação - Célio de Moura
Deus abençoe a todos
Celio
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
"Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me"
Marcos 8,34-38.9,1
Chamando a si a multidão, juntamente com os discípulos, disse-lhes: «Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Na verdade, quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas, quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, há-de salvá-la. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida? Ou que pode o homem dar em troca da sua vida? Pois quem se envergonhar de mim e das minhas palavras entre esta geração adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos.»
Disse-lhes também: «Em verdade vos digo que alguns dos aqui presentes não experimentarão a morte sem terem visto o Reino de Deus chegar em todo o seu poder.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (África do Norte) e Doutor da Igreja Sermão 96, 9 (a partir da trad. Brésard, 2000 ans B, p. 248)
«Segue-Me» (Mt 9, 9)
Neste mundo, quer dizer, na Igreja, que toda ela segue Cristo, Este diz a todos: «Quem quiser vir após Mim, renuncie a si mesmo». Porque esta ordem não se destina às virgens, com exclusão das mulheres casadas; às viúvas, com exclusão das esposas; aos monges, com exclusão dos esposos; aos clérigos, com exclusão dos laicos. É toda a Igreja, todo o Corpo de Cristo, todos os seus membros, diferenciados e repartidos segundo as suas tarefas próprias, que deve seguir Cristo. Que toda ela O siga, ela que é única, ela que é a pomba, ela que é a esposa (Ct 6, 9); que ela O siga, ela que foi resgatada e enriquecida com o sangue do Esposo. A pureza das virgens tem aqui o seu lugar; a continência das viúvas tem aqui o seu lugar; a castidade conjugal tem aqui o seu lugar. [...]
Que sigam Cristo, estes membros que têm o seu lugar, cada um segundo a sua categoria, cada um segundo a sua classificação, cada um à sua maneira. Que renunciem a si mesmos, quer dizer, que não se apoiem em si próprios; que levem a sua cruz, quer dizer, que suportem no mundo, por Cristo, tudo o que o mundo lhes infligir. Que O amem, a Ele, o Único que não desilude, o Único que não está enganado, o Único que não Se engana. Que O amem porque o que Ele promete é verdadeiro. Mas, porque Ele não o dá agora, a fé vacila; pois continua, persevera, suporta, aceita o atraso, e terás levado a tua cruz.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
O mundo visto de Roma
Santa Sé
Ser santo é deixar-se amar por Deus
Papa dedica catequese de hoje a São João da Cruz
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011 (ZENIT.org) - O caminho para a união mística com Deus não consiste tanto em "fazer", mas em "deixar-se fazer". Esta é a grande lição de São João da Cruz, cuja obra é um dos cumes da mística cristã de todos os tempos.
O Papa Bento XVI dedicou sua catequese de hoje, na audiência geral realizada na Sala Paulo VI, a este santo espanhol, em sua série dedicada aos doutores da Igreja.
Depois de falar sobre Santa Teresa de Jesus (2 de fevereiro) e São Pedro Canísio (9 de fevereiro), o Papa dedicou a sua intervenção de hoje a São João da Cruz, conhecido como "Doutor místico" e autor de obras místicas universais como "Subida ao Monte Carmelo", "Noite escura da alma", "Cântico Espiritual" e "Chama viva de amor".
No entanto, a vida de São João da Cruz, afirmou o Papa, "não era um ‘voar pelas nuvens místicas'; foi uma vida dura, muito prática e concreta, tanto como reformador da ordem, onde encontrou muitas oposições, quanto como superior provincial, ou na prisão dos seus irmãos na religião, onde foi exposto a insultos incríveis e agressões físicas".
"Foi uma vida dura, mas precisamente nos últimos meses na prisão, ele escreveu uma de suas obras mais belas", explicou.
O caminho com Cristo, prosseguiu o Papa, "não é um peso adicional à carga já bastante difícil da nossa vida; não é algo que tornaria ainda mais pesado este fardo, e sim algo completamente diferente, é uma luz, uma força que nos ajuda a carregar esse peso".
"Se um homem tem em si um grande amor, este amor quase lhe dá asas, e então suporta mais facilmente todos os aborrecimentos da vida, porque carrega dentro de si esta grande luz; esta é a fé: ser amado por Deus e deixar-se amar por Deus em Cristo Jesus."
"Esse deixar-se amar é a luz que nos ajuda a carregar o peso de cada dia. E a santidade não é obra nossa, muito difícil, mas é precisamente esta ‘abertura': abrir as janelas da nossa alma para que a luz de Deus possa entrar", sublinhou o Papa.
A cruz de São João
Este santo espanhol, contemporâneo e amigo espiritual de Santa Teresa de Jesus, colaborou com ela na reforma da Ordem do Carmelo, sofrendo por isso grandes privações e penalidades.
O Papa percorreu brevemente sua biografia, desde sua infância pobre e difícil até seu ingresso no Carmelo, sua ordenação sacerdotal e seu encontro com Teresa de Ávila, que transformaria o curso da sua vida.
"O jovem padre ficou fascinado pelas ideias de Teresa, chegando a se tornar um grande apoio para o projeto" de reforma do Carmelo, afirmou.
No entanto, "a adesão à reforma carmelita não foi fácil e custou a João inclusive graves sofrimentos. O episódio mais dramático foi, em 1577, sua captura e reclusão no convento dos Carmelitas da Antiga Observância de Toledo, devido a uma acusação injusta".
Depois de seis meses de prisão em duras condições, e de conseguir fugir repentinamente, São João foi destinado aos conventos de Andaluzia. Lá, em Úbeda (Jaén), faleceu dez anos mais tarde.
De suas quatro grandes obras místicas, o Papa destacou os ensinamentos do santo sobre o caminho de purificação que a alma deve percorrer até sua união mística com Deus.
Esta purificação "é proposta como um caminho que o homem empreende, em colaboração com a ação divina, para libertar a alma de todo apego ou afeto contrário à vontade de Deus".
"De acordo com João da Cruz, tudo o que existe, criado por Deus, é bom. Através das criaturas, podemos chegar à descoberta d'Aquele que deixou nelas seu selo", explicou.
No entanto, qualquer coisa criada "não é nada comparada com Deus e nada vale fora d'Ele; por conseguinte, para alcançar o amor perfeito de Deus, qualquer outro amor deve ser conformado, em Cristo, ao amor divino".
Por isso, esta "purificação, sublinhou Bento XVI, "não é mera ausência física de coisas ou de sua utilização; o que torna a alma pura e livre, na verdade, é eliminar toda a dependência desordenada das coisas. Tudo deve ser colocado em Deus como centro e fim da vida".
Neste sentido, acrescentou o Papa, este processo de purificação "exige esforço pessoal, mas o verdadeiro protagonista é Deus: tudo que o homem pode fazer é "dispor-se" para estar aberto à ação divina e não colocar obstáculos a ela".
O esforço humano, prosseguiu, "por si só é incapaz de chegar às raízes profundas das más inclinações e maus costumes da pessoa: pode freá-las, mas não desenraizá-las totalmente.".
"Para fazê-lo, é necessária a ação especial de Deus, que purifica radicalmente o espírito e o dispõe para a união de amor com Ele", afirmou o Pontífice. "Neste estado, a alma está sujeita a todo tipo de provas, como se estivesse em uma noite escura."
"Quando se alcança este objetivo, a alma mergulha na própria vida trinitária, de forma que São João diz que esta chega a amar a Deus com o mesmo amor com que Ele ama, porque a ama no Espírito Santo."
Os teus pensamentos não são os de Deus, mas os dos homens
Jesus partiu com os discípulos para as aldeias de Cesareia de Filipe. No caminho, fez aos discípulos esta pergunta: «Quem dizem os homens que Eu sou?» Disseram-lhe: «João Batista; outros, Elias; e outros, que és um dos profetas.» «E vós, quem dizeis que Eu sou?» perguntou-lhes. Pedro tomou a palavra, e disse: «Tu és o Messias.» Ordenou-lhes, então, que não dissessem isto a ninguém. Começou, depois, a ensinar-lhes que o Filho do Homem tinha de sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e pelos doutores da Lei, e ser morto e ressuscitar depois de três dias. E dizia claramente estas coisas. Pedro, desviando-se com Ele um pouco, começou a repreendê-lo. Mas Jesus, voltando-se e olhando para os discípulos, repreendeu Pedro, dizendo-lhe: «Vai-te da minha frente, Satanás, porque os teus pensamentos não são os de Deus, mas os dos homens.»
Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho do dia feito por São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia e depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja Homilias sobre o Evangelho de São Mateus, n° 54
«Os teus pensamentos não são os de Deus, mas os dos homens.»
Pedro considera os sofrimentos e a morte de Cristo de um ponto de vista puramente natural e humano, e esta morte parece-lhe indigna de Deus, vergonhosa para a Sua glória. Cristo repreende-o e parece dizer-lhe: «Não, o sofrimento e a morte não são indignos de Mim. As ideias mundanas baralham e confundem a tua capacidade de ajuizar. Afasta essas ideias humanas; ouve as Minhas palavras do ponto de vista dos desígnios do meu Pai, e compreenderás que esta morte é a única que convém à Minha glória. Julgas que é uma vergonha para Mim sofrer? Pois quero que saibas que é vontade do diabo que Eu não cumpra assim o plano da salvação.» [...]
Que ninguém core devido aos sinais da nossa salvação, que são tão dignos de veneração e de adoração; a cruz de Cristo é a fonte de todo o bem. E através dela que nós vivemos, que somos regenerados e salvos. Carreguemos a cruz como uma coroa de glória. Ela põe a sua marca em tudo o que nos conduz à salvação: quando somos regenerados pelas águas do baptismo, a cruz lá está; quando nos aproximamos do altar para receber o Corpo e o Sangue do Salvador, lá está; quando impomos as mãos sobre os eleitos do Senhor, lá está. O que quer que façamos, ela aparece, como sinal de vitória para nós. Eis a razão porque a pomos nas nossas casas, nas nossas paredes, nas nossas portas; porque fazemos esse sinal na testa e no peito; porque a trazemos no coração. Pois ela é o símbolo da nossa redenção e da nossa libertação, e da misericórdia infinita de Nosso Senhor.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
"Não entres no Povoado"
Chegaram a Betsaida e trouxeram-lhe um cego, pedindo-lhe que o tocasse. Jesus tomou-o pela mão e conduziu-o para fora da aldeia. Deitou-lhe saliva nos olhos, impôs-lhe as mãos e perguntou: «Vês alguma coisa?» Ele ergueu os olhos e respondeu: «Vejo os homens; vejo-os como árvores a andar.» Em seguida, Jesus impôs-lhe outra vez as mãos sobre os olhos e ele viu perfeitamente; ficou restabelecido e distinguia tudo com nitidez. Jesus mandou-o para casa, dizendo: «Nem sequer entres na aldeia.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, Doutor da Igreja Homilias sobre o Evangelho de Marcos, n°8, 235 (a partir da trad. SC 494, p. 143)
Jesus tomou-o pela mão e conduziu-o para fora da aldeia. Deitou-lhe saliva nos olhos, impôs-lhe as mãos e perguntou-lhe: «Vês alguma coisa?» O conhecimento é sempre progressivo. [...] Só à custa de muito tempo e de uma longa aprendizagem é que podemos atingir um conhecimento perfeito. Primeiro
saem as sujidades, a cegueira desaparece, e é assim que vem a luz. A saliva do Senhor é um ensinamento perfeito; para ensinar de forma perfeita, ela provém da boca do Senhor; a saliva do Senhor provém, por assim dizer, da Sua substância, e o conhecimento, sendo a palavra que provém da Sua boca, é um remédio. [...]
«Vejo os homens; vejo-os como árvores a andar»; ainda vejo sombras, ainda não vejo a verdade. Eis o sentido desta palavra: vejo qualquer coisa na Lei, mas ainda não tenho a percepção da luminosidade radiosa do Evangelho. [...] «Jesus impôs-lhe outra vez as mãos sobre os olhos e ele viu perfeitamente; [...] e distinguia tudo com nitidez». Via, digo eu, tudo o que nós vemos: via o mistério da Trindade, via todos os mistérios sagrados que estão no Evangelho. [...] Nós também os vemos, porque acreditamos em Cristo, que é a verdadeira luz.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Não vedes? Ainda não compreendeis?
Os discípulos tinham-se esquecido de levar pães e só traziam um pão no barco. Jesus começou a avisá-los, dizendo: «Olhai: tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes.»
E eles discorriam entre si: «Não temos pão.» Mas Ele, percebendo-o, disse: «Porque estais a discorrer que não tendes pão? Ainda não entendestes nem compreendestes? Tendes o vosso coração endurecido? Tendes olhos e não vedes, tendes ouvidos e não ouvis? E não vos lembrais de quantos cestos cheios de pedaços recolhestes, quando parti os cinco pães para aqueles cinco mil?» Responderam: «Doze.» «E quando parti os sete pães para os quatro mil, quantos cestos cheios de bocados recolhestes?» Responderam: «Sete.» Disse-lhes então: «Ainda não compreendeis?»
Comentário ao Evangelho do dia feito por São João da Cruz (1542-1591), carmelita, Doutor da Igreja A Subida ao Monte Carmelo, II, 3 (a partir da trad. OC, Cerf 1990, p. 637 rev.)
Dizem os teólogos que a fé é um hábito da alma ao mesmo tempo seguro e obscuro. E é obscuro porque nos propõe verdades reveladas sobre o próprio Deus que ultrapassam qualquer luz natural e excedem toda a compreensão humana, seja ela qual for. Daí decorre que a luz excessiva dada pela fé se transforma para a alma em profundas trevas. Como sabemos, qualquer força superior supera e enfraquece uma que lhe seja inferior; desse modo, o sol eclipsa todas as luzes restantes, ao ponto de, quando ele resplandece, todas as outras não parecerem propriamente luzes. Para além do mais, quando está no zénite, o seu brilho ultrapassa por completo a nossa capacidade visual até nos ofuscar em vez de nos fazer ver, devido a tornar-se excessivo e desproporcionado à nossa visão. O mesmo se passa com a luz da fé, que pelo seu prodigioso excesso abate e enfraquece a luz do intelecto.
Tomemos outro exemplo: suponhamos uma pessoa cega de nascença que, por isso mesmo, não conhece as cores. Ao esforçarmo-nos por fazer-lhe compreender o branco ou o amarelo, bem podemos dar explicação atrás de explicação que ela não retirará delas qualquer conhecimento directo, porque nunca viu as cores, cujo nome será a única coisa que ela reterá no espírito, através do ouvido. O mesmo se passa com a fé em relação à alma: a fé diz-nos coisas que nunca vimos nem conhecemos e a respeito das quais não possuímos a mais pequena réstia de conhecimento natural, mas retemo-las através do ouvido, crendo no que nos é ensinado e ofuscando em nós a luz natural. Com efeito, como nos diz São Paulo, «a fé surge da pregação» (Rom 10, 17). É como se ele nos dissesse: a fé não é uma ciência que reconhecemos pelos sentidos, mas um consentimento da alma que entra em nós pelo ouvido. Torna-se então evidente que a fé é para a alma uma noite escuríssima, mas é precisamente com a sua escuridão que ela ilumina: quanto mais a mergulha nas trevas, mais lhe faz brilhar a sua luz. Assim sendo, é ofuscando que ela alumia, segundo as palavras de Isaías: «se não acreditardes, não compreendereis» (7, 9).
Perfil do nosso músico e amigo
Nascido em 25 de novembro de 1986, em Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro começou a ter influencias musicais forte quando seu pai, Ruy de Souza, decidiu aprender violão em 1994, pois tinha vontade de ajudar nas missas em sua comunidade, pois não tinham músicos.
Em 1996, estava na terceira série quando, no dia das crianças, ganhou de sua professora uma flauta doce de brinquedo e, desde então começou a tirar notas de ouvido do instrumento. Com ajuda do professor de violão de seu pai, ele foi aprendendo outras novidades e, assim, foi aguçando sua aptidão musical. No ano seguinte, entrou pra aula de flauta. No mesmo ano, começou a ajudar o pai nas missas em sua comunidade.
O tempo foi passando e Sidney foi tendo mais facilidade em outros instrumentos como violão, teclado, bateria, um pouco de guitarra e foi ampliando seu universo musical. Começou a tocar em casamentos, bares, festas de formaturas... e assim foi lapidando melhor o seu dom musical.
Tocou por 4 anos na banda versículos, que servia na Paróquia Nossa Senhora do Desterro, em Campo Grande, onde era baterista. Servia também em varias comunidades da mesma paróquia, tocando nas missas.
Por conta do trabalho, se afastou da igreja por 2 anos. Quando em dezembro de 2008 foi chamado a formar o Ministério Deus Proverá, onde começou tocando bateria e cantando nas missas, servindo na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, também em Campo Grande e é onde está até hoje.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
A Lei enraizada nos nossos corações
«Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição. Porque em verdade vos digo: Até que passem o céu e a terra, não passará um só jota ou um só ápice da Lei, sem que tudo se cumpra. Portanto, se alguém violar um destes preceitos mais pequenos, e ensinar assim aos homens, será o menor no Reino do Céu. Mas aquele que os praticar e ensinar, esse será grande no Reino do Céu. Porque Eu vos digo: Se a vossa justiça não superar a dos doutores da Lei e dos fariseus, não entrareis no Reino do Céu.» «Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás. Aquele que matar terá de responder em juízo. Eu, porém, digo-vos: Quem se irritar contra o seu irmão será réu perante o tribunal; quem lhe chamar 'imbecil’ será réu diante do Conselho; e quem lhe chamar 'louco’ será réu da Geena do fogo. Se fores, portanto, apresentar uma oferta sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; depois, volta para apresentar a tua oferta. Com o teu adversário mostra-te conciliador, enquanto caminhardes juntos, para não acontecer que ele te entregue ao juiz e este à guarda e te mandem para a prisão. Em verdade te digo: Não sairás de lá até que pagues o último centavo.» «Ouvistes o que foi dito: Não cometerás adultério. Eu, porém, digo-vos que todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração. Portanto, se a tua vista direita for para ti origem de pecado, arranca-a e lança-a fora, pois é melhor perder-se um dos teus órgãos do que todo o teu corpo ser lançado à Geena. E se a tua mão direita for para ti origem de pecado, corta-a e lança-a fora, porque é melhor perder-se um só dos teus membros do que todo o teu corpo ser lançado à Geena.» «Também foi dito: Aquele que se divorciar da sua mulher, dê-lhe documento de divórcio. Eu, porém, digo-vos: Aquele que se divorciar da sua mulher excepto em caso de união ilegal expõe-na a adultério, e quem casar com a divorciada comete adultério.» «Do mesmo modo, ouvistes o que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás diante do Senhor os teus juramentos. Eu, porém, digo-vos: Não jureis de maneira nenhuma: nem pelo Céu, que é o trono de Deus, nem pela Terra, que é o estrado dos seus pés, nem por Jerusalém, que é a
cidade do grande Rei. Não jures pela tua cabeça, porque não tens poder de tornar um só dos teus cabelos branco ou preto. Seja este o vosso modo de falar: Sim, sim; não, não. Tudo o que for além disto procede do espírito do mal.»
A Lei enraizada nos nossos corações
Em que consistia essa superação? Em primeiro lugar, em crer, não apenas no Pai, mas também no Seu Filho doravante manifestado, pois é Ele que leva o homem à comunhão e à união com Deus. Em seguida, não apenas em dizer, mas em fazer – pois «eles diziam e não faziam» (Mt 23, 3) — e em evitar, não apenas actos maus, mas também o facto de os desejar. Com este ensinamento, Ele não contradizia a Lei, antes a cumpria e enraizava em nós os preceitos da Lei. [...] O preceito de nos abstermos, não só dos actos proibidos pela Lei, mas também do desejo de os praticar não provém de alguém que contradiz e abole a Lei; mas sim d'Aquele que a cumpre e alarga.
faz ouvir os surdos e falar os mudos
Tornando a sair da região de Tiro, veio por Sídon para o mar da Galileia, atravessando o território da Decápole. Trouxeram-lhe um surdo tartamudo e rogaram-lhe que impusesse as mãos sobre ele. Afastando-se com ele da multidão, Jesus meteu-lhe os dedos nos ouvidos e fez saliva com que lhe tocou a língua. Erguendo depois os olhos ao céu, suspirou dizendo: «Effathá», que quer dizer «abre-te.» Logo os ouvidos se lhe abriram, soltou-se a prisão da língua e falava correctamente. Jesus mandou-lhes que a ninguém revelassem o sucedido; mas quanto mais lho recomendava, mais eles o apregoavam. No auge do assombro, diziam: «Faz tudo bem feito: faz ouvir os surdos e falar os mudos.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por Papa Bento XVI Discurso aos seminaristas 17/02/2007 (trad. © libreria Editrice Vaticana)
Como podemos discernir a voz de Deus entre as mil vozes que ouvimos todos os dias neste nosso mundo? Diria: Deus fala connosco de modos muito diferentes. Fala através de outras pessoas, através dos amigos, dos pais, do pároco, dos sacerdotes. [...] Fala por meio dos acontecimentos da nossa vida, nos quais podemos discernir um gesto de Deus; fala também através da natureza, da criação, e fala, naturalmente e sobretudo, na Sua Palavra, na Sagrada Escritura, lida na comunhão da Igreja e pessoalmente em diálogo com Deus.
É importante ler a Sagrada Escritura, por um lado de modo muito pessoal, e realmente, como diz São Paulo, não como palavra de um homem ou como um documento do passado, como lemos Homero ou Virgílio, mas como uma Palavra de Deus que é sempre actual e fala comigo; aprender a ouvir um texto, que é historicamente do passado mas que é a Palavra viva de Deus, ou seja, entrar em oração, e assim fazer da leitura da Sagrada Escritura um diálogo com Deus.
Santo Agostinho, nas suas homilias, diz com frequência: «Bati várias vezes à porta desta Palavra, até que pude compreender o que o próprio Deus me dizia»; por um lado, esta leitura muito pessoal, este diálogo pessoal com Deus, no qual procuro o que o Senhor me diz; e, juntamente com esta leitura pessoal, é muito importante a leitura comunitária, porque o sujeito vivo da Sagrada Escritura é o Povo de Deus, é a Igreja.