sábado, 7 de março de 2009

Maria da escuta

Maria da escuta
À pergunta do sacerdote Guillermo M. Cassone, vigário paroquial de São Francisco e Santa Catarina, no Trastevere, sobre a necessidade de conjugar a piedade mariana com a Palavra de Deus, o Papa destacou que Maria «é a mulher da escuta».
Maria «é o símbolo da abertura, da Igreja que espera a vinda do Espírito Santo», de «uma escuta verdadeira, uma escuta que deve ser interiorizada, que não diz simplesmente ‘sim’, mas que assimila a Palavra».
Por exemplo, o canto mariano por excelência, o Magnificat, «é um tecido feito de palavras do Antigo Testamento – explicou o Papa. Maria conhecia em seu coração a Escritura. Não conhecia só alguns textos, mas estava tão identificada com a Palavra, que as palavras do Antigo Testamento se convertem, sintetizadas, em um canto em seu coração e em seus lábios».
Recordando que Maria é a que «conservou a Palavra no coração», Bento XVI explica que ela é, para a Igreja, modelo de interpretação da Escritura.
Maria, sublinhou, é «modelo do crente que conserva a Palavra, leva em si a Palavra; não só a lê ou a interpreta com a inteligência para saber o que aconteceu naquele tempo, quais são os problemas filológicos. Tudo isso é interessante, importante, mas é mais importante escutar a Palavra que se conserva e que se converte em Palavra em mim, vida em mim e presença do Senhor».