sábado, 30 de outubro de 2010

Amor Eterno

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Jesus à mesa com os fariseus


Lucas 14,1-6

Tendo entrado, a um sábado, em casa de um dos principais fariseus para comer uma refeição, todos o observavam. Achava-se ali, diante dele, um hidrópico. Jesus, dirigindo a palavra aos doutores da Lei e fariseus, disse-lhes: «É permitido ou não curar ao sábado?» Mas eles ficaram calados. Tomando-o, então, pela mão, curou-o e mandou-o embora. Depois, disse-lhes: «Qual de vós, se o seu filho ou o seu boi cair a um poço, não o irá logo retirar em dia de sábado?» E a isto não puderam replicar.

Comentário ao Evangelho do dia feito por Bem-aventurado Guerric d'Igny (c. 1080-1157), monge cisterciense (a partir da trad. Bouchet, Lectionnaire, p. 299)

Jesus à mesa com os fariseus

O Criador eterno e invisível do mundo, dispondo-Se a salvar o género humano que se arrastava ao longo dos tempos sujeito às duras leis da morte, «nestes tempos que são os últimos» (Heb 1, 2) dignou-Se encarnar [...], para resgatar, na Sua clemência, os que na Sua justiça havia condenado. Para mostrar a profundidade do Seu amor por nós, não apenas Se fez homem, mas homem pobre e humilde, para que, ao aproximar-Se de nós na Sua pobreza, nos levasse a ter parte nas Suas riquezas (2 Cor 8, 9). Fez-Se tão pobre por nós, que não tinha onde repousar a cabeça: «As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça» (Mt 8, 20).

Foi por isso que aceitou ir comer uma refeição com os que O convidaram, não pelo gosto imoderado da comida, mas para aí ensinar a salvação e suscitar a fé. E encheu os convivas de luz pelos Seus milagres. E os servos, que estavam ocupados no interior e não tinham a liberdade de chegar perto Dele, ouviram a palavra da salvação. Com efeito, Ele não menosprezava ninguém, ninguém era indigno do Seu amor porque «Vós tendes compaixão de todos, [...] amais tudo o que existe, e não aborreceis nada do que fizestes» (Sab 11, 23-24).

Portanto, para realizar a Sua obra de salvação, o Senhor entrou, num sábado, na casa de um fariseu importante. Os escribas e os fariseus observavam-No para O poderem repreender, a fim de que, se Ele curasse o hidrópico, O poderem acusar de violar a Lei e, se não o curasse, O acusarem de impiedade ou fraqueza. [...] Pela luz puríssima da Sua palavra de verdade, viram desvanecerem-se todas as trevas da sua mentira.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A unidade dos Doze, unidade da Igreja



Lucas 6,12-19
Naqueles dias, Jesus foi para o monte fazer oração e passou a noite a orar a Deus. Quando nasceu o dia, convocou os discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de Apóstolos: Simão, a quem chamou Pedro, e André, seu irmão; Tiago, João, Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado o Zelote; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor. Descendo com eles, deteve-se num sítio plano, juntamente com numerosos discípulos e uma grande multidão de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sídon, que acorrera para o ouvir e ser curada dos seus males. Os que eram atormentados por espíritos malignos ficavam curados; e toda a multidão procurava tocar-lhe, pois emanava dele uma força que a todos curava.



Comentário ao Evangelho do dia feito por Papa Bento XVI Audiência geral de 11/10/2006 (trad. DC 2368, p. 1003 © copyright Libreria Editrice Vaticana)

A unidade dos Doze, unidade da Igreja

Hoje tomamos em consideração dois dos doze Apóstolos: Simão o Cananeu e Judas Tadeu (que não se deve confundir com Judas Iscariotes). Consideramo-los juntos, não só porque nas listas dos Doze são sempre mencionados um ao lado do outro (cf. Mt 10, 4; Mc 3, 18; Lc 6, 15; Act 1, 13), mas também porque as notícias que a eles se referem não são muitas, excepto o facto de o cânone neotestamentário conservar uma carta atribuída a Judas Tadeu. Simão recebe um epíteto que varia nas quatro listas: Mateus qualifica-o como «cananeu», Lucas define-o como «zelote». Na realidade, as duas qualificações equivalem-se, porque significam a mesma coisa; de facto, na língua hebraica, o verbo qanà' significa «ser zeloso», «ser dedicado» [...]. Portanto, é possível que este Simão, se não pertencia exactamente ao movimento nacionalista dos Zelotes, tivesse pelo menos como característica um fervoroso zelo pela identidade judaica, por conseguinte, por Deus, pelo seu povo e pela Lei divina. Sendo assim, Simão coloca-se nos antípodas de Mateus que, ao contrário, sendo publicano, provinha de uma actividade considerada totalmente impura.Sinal evidente de que Jesus chama os Seus discípulos e colaboradores das camadas sociais e religiosas mais diversas, sem exclusão alguma. Ele interessa-Se pelas pessoas, não pelas categorias ou pelas actividades sociais! E o mais belo é que no grupo dos Seus seguidores, todos, mesmo que diversos, coexistiam, superando as imagináveis dificuldades; de facto, o motivo de coesão era o próprio Jesus, no qual todos se reencontravam unidos. Isto constitui claramente uma lição para nós, com frequência propensos a realçar as diferenças e talvez as contraposições, esquecendo que em Jesus Cristo nos é dada a força para superarmos os nossos conflitos. Tenhamos também presente que o grupo dos Doze é a prefiguração da Igreja, na qual devem ter espaço todos os carismas, povos e raças, todas as qualidades humanas, que encontram a sua composição e a sua unidade na comunhão com Jesus.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Medo de abrir a Porta



"Numa terra em guerra, havia um rei que causava espanto. Cada vez que fazia prisioneiros, não os matava, levava-os a uma sala, que tinha um grupo de arqueiros em um canto e uma imensa porta de ferro do outro, a qual haviam gravadas figuras de caveiras.

Nesta sala ele os fazia ficar em círculo, e então dizia:

- vocês podem escolher morrer flechados por meus arqueiros, ou passarem por aquela porta e por mim lá serem trancados. Todos os que por ali passaram, escolhiam serem mortos pelos arqueiros.

Ao término da guerra, um soldado que por muito tempo servira o rei, disse-lhe:

Senhor, posso lhe fazer uma pergunta?

- Diga, soldado. - O que havia por trás da assustadora porta? - Vá e veja.

O soldado então a abre vagarosamente, e percebe que a medida que o faz, raios de sol vão adentrando e clareando o ambiente, ate que totalmente aberta, nota que a porta levava a um caminho que sairia rumo a liberdade. O soldado admirado apenas olha seu rei que diz:

Eu dava a eles a escolha, mas preferiram morrer a arriscar abrir esta porta.

Quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar? Quantas vezes perdemos a liberdade, apenas por sentirmos medo de abrir a porta de nossos sonhos?"

Hão-de vir do Oriente, do Ocidente, do norte e do Sul, sentar-se à mesa no Reino de Deus


Lucas 13,22-30
Jesus percorria cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém. Disse-lhe alguém: «Senhor, são poucos os que se salvam?» Ele respondeu-lhes: «Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque Eu vos digo que muitos tentarão entrar sem o conseguir. Uma vez que o dono da casa se levante e feche a porta, ficareis fora e batereis, dizendo: 'Abre-nos, Senhor!' Mas ele há-de responder-vos: 'Não sei de onde sois.' Começareis, então, a dizer: 'Comemos e bebemos contigo e Tu ensinaste nas nossas praças.' Responder-vos-á: 'Repito vos que não sei de onde sois. Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade.' Lá haverá pranto e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac, Jacob e todos os profetas no Reino de Deus, e vós a serdes postos fora. Hão-de vir do Oriente, do Ocidente, do Norte e do Sul, sentar-se à mesa no Reino de Deus. E há últimos que serão dos primeiros e primeiros que serão dos últimos.»


Comentário ao Evangelho do dia feito por Missal Romano Oração eucarística II das missas da reconciliação

«Hão-de vir do Oriente, do Ocidente, do norte e do Sul, sentar-se à mesa no Reino de Deus»

Celebrando o memorial da morte e Ressurreição do vosso Filho, nós Vos oferecemos, Senhor, o sacrifício de reconciliação que Ele nos deixou como sinal do Seu amore Vós confiastes às nossas mãos.
Aceitai-nos também a nós, Pai santo, com a oblação do Vosso filho e, neste banquete sagrado, dai-nos o Vosso Espírito, para que se afaste de nós toda a divisão e discórdia e nos conserve em comunhão com o Papa Bento XVI nosso bispo N., os bispos do mundo inteiro e todo o povo cristão; e assim a Igreja resplandeça no meio dos homens como sinal de unidade e instrumento da Vossa paz. Vós que nos reunistes à Vossa mesa para participarmos no pão da vida e no cálice da salvação, congregai um dia na unidade perfeita os homens de todos os povos e línguas com a Virgem Santa Maria, Mãe de Deus, os Apóstolos e todos os santos, Para que, no banquete da nova Jerusalém, gozem eternamente a plenitude da paz.

Irmã Dulce será beatificada


Cardeal Geraldo Agnelo fez o anúncio em Salvador
O arcebispo de Salvador (nordeste do Brasil), cardeal Geraldo Majella Agnelo, anunciou na manhã desta quarta-feira que a Irmã Dulce será beatificada em breve.

Segundo informa a arquidiocese, o pronunciamento foi feito na sede das Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador. O cardeal informou que até o fim do ano encerra o processo e será conhecida a data da cerimônia de beatificação.

De acordo com o arcebispo, uma comissão científica da Santa Sé aprovou esta semana um milagre atribuído à religiosa, fato decisivo no processo de beatificação.

Segundo Dom Geraldo, a religiosa é exemplo para os cristãos e a sua história de vida é o que justifica a beatificação e o processo de canonização.

“Todo santo é um exemplo de Cristo, como foi o caso dela [Irmã Dulce]; aquela dedicação diuturna durante toda a vida aos pobres e sofredores.”

A causa da beatificação da religiosa brasileira foi iniciada em janeiro do ano 2000 pelo próprio Dom Geraldo Majella. Desde junho de 2001, o processo tramita na Congregação das Causas dos Santos.

Irmã Dulce, natural de Salvador, faleceu em 1992, aos 78 anos. Religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, desenvolveu uma vasta obra assistencial em favor dos mais pobres, especialmente no campo da saúde. Em 1988, foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz. Em 1991, já no leito de morte, recebeu a visita do Papa João Paulo II, em sua segunda viagem ao Brasil.

(ZENIT.org)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto






Lucas 13,18-21
Disse, então: «A que é semelhante o Reino de Deus e a que posso compará-lo? É semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e deitou no seu quintal. Cresceu, tornou-se uma árvore e as aves do céu vieram abrigar-se nos seus ramos.» Disse ainda: «A que posso comparar o Reino de Deus? É semelhante ao fermento que certa mulher tomou e misturou com três medidas de farinha, até ficar levedada toda a massa.»



Comentário ao Evangelho do dia feito por São Máximo de Turim (? - c. 420), bispo CC Sermão 25; PL 57, 509ss. (a partir da trad. coll. Pères dans la foi, Migne 1996, p. 123
)

Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morre
r, dá muito fruto (Jo 12, 24)

«Um homem tomou um grão de mostarda e deitou-o no seu quintal; cresceu, tornou-se uma árvore, e as aves do céu vieram abrigar-se nos seus ramos.» Procuremos ver a quem se aplica tudo isto. [...] Penso que a comparação se aplica mais precisamente a Cristo Nosso Senhor que, ao nascer na humildade da condição humana, como uma semente, sobe finalmente ao céu como uma árvore. Cristo é o grão esmagado na Paixão; torna-se uma árvore na ressurreição. Sim, Ele é grão quando, faminto, sofre por falta de alimento; é uma árvore quando, com cinco pães, satisfaz a fome a cinco mil pessoas (Mt 14, 13ss.). Ali, experimenta o despojamento da Sua condição humana, aqui espalha a saciedade pela força da Sua divindade.


Diria que o Senhor é grão quando é ferido, desprezado, insultado; é árvore quando devolve a vista aos cegos, reanima os mortos e perdoa os pecados. Ele mesmo reconhece que é grão: «Se o grão de trigo lançado à terra não morrer» (Jo 12, 24)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

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domingo, 24 de outubro de 2010

Talvez venha a dar frutos no futuro

Lucas 13,1-9
Nessa ocasião, apareceram alguns a falar-lhe dos galileus, cujo sangue Pilatos tinha misturado com o dos sacrifícios que eles ofereciam. Respondeu-lhes: «Julgais que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros galileus, por terem assim sofrido? Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos igualmente. E aqueles dezoito sobre os quais caiu a torre de Siloé, matando-os, eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos da mesma forma.» Disse-lhes, também, a seguinte parábola: «Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e foi lá procurar frutos, mas não os encontrou. Disse ao encarregado da vinha: 'Há três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não o encontro. Corta-a; para que está ela a ocupar a terra?' Mas ele respondeu: 'Senhor, deixa-a mais este ano, para que eu possa escavar a terra em volta e deitar-lhe estrume. Se der frutos na próxima estação, ficará; senão, poderás cortá-la.'»

Comentário ao Evangelho do dia feito por São Cipriano (c. 200-258), Bispo de Cartago e mártir Os benefícios da paciência, 7 (a partir da trad. de SC 291, p. 199 rev.)

«Talvez venha a dar frutos no futuro»: imitar a paciência de Deus

Irmãos bem-amados, Jesus Cristo, Nosso Senhor e Deus, não Se contentou em ensinar a paciência por palavras; também a demonstrou pelos Seus atos. [...] Na hora da paixão e da cruz, quantos sarcasmos ultrajantes escutados com paciência, quanta troça injuriosa suportada, ao ponto de ser cuspido, Ele que, com a Sua própria saliva, tinha aberto os olhos a um cego (Jo 9,6) [...]; de Se ver coroado de espinhos, Ele que coroa os mártires com flores eternas; de Lhe baterem na face com as palmas das mãos, a Ele que concede palmas verdadeiras aos vencedores; despojado das Suas vestes, Ele que reveste os outros de imortalidade; alimentado com fel, Ele que dá o alimento celeste; dessedentado com vinagre, Ele que dá a beber o cálice da salvação. Ele, o inocente, Ele, o justo, ou antes, Ele, que é a própria inocência e a justiça, é contado entre os malfeitores; falsos testemunhos esmagam a Verdade; Aquele que deverá ser o juiz é submetido a julgamento; a Palavra de Deus é conduzida ao sacrifício, calando-Se. A seguir, quando os astros se eclipsam, quando os elementos se perturbam, quando a terra treme, [...] Ele não fala, não Se mexe, não revela a Sua majestade. Suporta tudo até ao fim com uma constância inesgotável, para que a paciência completa e perfeita tenha o seu auge em Cristo.


E, depois de tudo isto, ainda acolhe os Seus carrascos, se se converterem e se se voltarem para Ele; graças à Sua paciência [...], Ele não fecha a Sua Igreja a ninguém. Aos adversários, aos blasfemos, eternos inimigos do Seu nome, não apenas lhes concede o perdão, se se arrependerem das suas faltas, mas ainda os recompensa com o Reino dos Céus. Quem poderíamos indicar de mais paciente, de mais benevolente? A mesma pessoa que derramou o sangue de Cristo é vivificada pelo sangue de Cristo. Tal é a paciência de Cristo, e se não fosse tão grande como realmente é, a Igreja não teria o Apóstolo Paulo.