quinta-feira, 16 de julho de 2009

Vinde a mim, todos os que estais cansados

Mateus 11,28-30.
"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve."




















Doroteu de Gaza (c. 500-?), Monge na Palestina Instructions, I, 8 (a partir da trad. SC 92, p. 159)

«Vinde a Mim»

Que aquele que quer alcançar o verdadeiro descanso do espírito aprenda a ser humilde! Perceba que na humildade se encontra toda a alegria, toda a glória e todo descanso, tal como na soberba se encontra tudo o que lhes é contrário. Com efeito, porque chegámos nós a viver todas as nossas tribulações? Porque caímos em toda esta miséria? Não teria sido por causa da nossa soberba e da nossa loucura? Não teria sido por termos seguido as nossas más inclinações e por nos termos apegado à nossa amarga vontade? Mas porque o fizemos? Não foi o homem criado na plenitude do bem-estar, da alegria, da paz e da glória? Não estava no paraíso? Foi-lhe ordenado: «Não faças isso», mas ele fez. Vêem o orgulho, a arrogância, a insubmissão? «O homem é louco», diz Deus ao ver esta insolência, «não sabe ser feliz. Se não tiver de passar por dias difíceis perder-se-á completamente. Se não perceber o que é estar numa aflição nunca saberá o que é a paz». Então Deus deu-lhe o que merecia, expulsando-o do Paraíso. [...]

No entanto, como refiro muitas vezes, a bondade de Deus não abandonou a Sua criatura. Antes de novo se virou para ela e voltou a chamá-la: «Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos». Como que dizendo: «Estais fatigados, estais infelizes, experimentastes o mal causado pela vossa desobediência. Vamos, convertei-vos finalmente; vamos, reconhecei a vossa impotência e a vossa vergonha, para regressardes ao vosso repouso e à vossa glória. Vamos, vivei pela humildade, vós que estáveis mortos pelo orgulho». «Aprendei de Mim, porque sou manso e humilde
de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito».

Nossa Senhora do Carmo

Ao olharmos para a história da Igreja encontramos uma linda página marcada pelos homens de Deus, mas também pela dor, fervor e amor a Virgem Mãe de Deus; é a história da Ordem dos Carmelitas, da qual testemunha o cardeal Piazza: "O Carmo existe para Maria e Maria é tudo para o Carmelo, na sua origem e na sua história, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida interior e espiritual".

Carmelo (em hebraico, "carmo" significa vinha; e "elo" significa senhor; portanto, "Vinha do Senhor"): este nome nos aponta para a famosa montanha que fica na Palestina, donde o profeta Elias e o sucessor Elizeu fizeram história com Deus e com Nossa Senhora, que foi pré-figurada pelo primeiro numa pequena nuvem (cf I Rs 18,20-45). Estes profetas foram "participantes" da obra Carmelita, que só vingou devido à intervenção de Maria, pois a parte dos monges do Carmelo que sobreviveram (século XII) da perseguição dos muçulmanos; chegaram fugidos na Europa e elegeram São Simão Stock como seu superior geral; este por sua vez estava no dia 16 de julho intercedendo com o Terço, quando Nossa Senhora apareceu com um escapulário na mão e disse-lhe: "Recebe, meu filho, este escapulário da tua ordem, que será o penhor do privilégio que eu alcancei para ti e para todos os filhos do carmo. Todo o que morrer com este escapulário será preservado do fogo eterno".

Vários Papas promoveram o uso do escapulário e Pio XII chegou a escrever: "Devemos colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo - e ainda - escapulário não é 'carta-branca' para pecar; é uma 'lembrança' para viver de maneira cristã, e assim, alcançar a graça duma boa morte". Neste dia de Nossa Senhora do Carmo, não há como não falar da história dos Carmelitas e do Escapulário, pois onde estão os filhos aí está a amorosa Mãe.


Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Por que devemos cultivar a esperança?

Uma reflexão sobre a carta encíclica “Spe Salvi” de Bento XVI

Olhando o mundo que vivemos hoje constatamos uma dramática crise existencial, onde o homem se depara diante do espelho e não consegue mais reconhecer a sua própria identidade, quem ele é, de onde ele vem, se o que ele faz tem sentido e para onde ele se destina.
O homem moderno cresce no conhecimento da ciência, da tecnologia, no desenvolvimento intelectual, socio-cultural e político, mas se perde fatalmente no conhecimento de si próprio.

A visão teológica e analítica do Papa Bento XVI em sua carta Encíclica “Spe Salvi”, aponta para a terrível catástrofe que a cultura globalista e as iniciativas políticas inovadoras, mas sobre tudo anticristã, vem transformando o mundo atual em uma fanática cultura sombria de morte, empurrando assim o homem para um vale escuro, ausente de luz e da verdade. Os reais valores que diz respeito à dignidade do homem, como a “moral” e a “fé”, estão se tornando apenas ruínas na nossa vida, escombros de uma identidade perdida que deveria ser preservada pela “fé”e pela “esperança” muito bem explicada pelo papa nesta encíclica Spe Salvi. Uma vez que o homem perde este referencial “que é a sua identidade”, ele perde também a direção da sua vida, o sentido de viver, entrando assim em um grande desespero onde nem mesmo Deus justifica sua existência. Bento XVI refere-se a um pensamento de Santo Agostinho, que parece ser um dos seus autores prediletos que, “quem está longe de Deus também está longe de si mesmo, alienado de si mesmo, e só pode encontrar a si mesmo se se encontra com Deus”, S. Agostinho. Isto explica o grau de desespero que se encontra a humanidade. A distância de Deus equivale, portanto, à distância de si mesmos.
«“Tu estavas, certamente, diante de mim, mas eu me havia afastado de mim mesmo e não me encontrava»“
S. Agostinho

Sem fé e sem esperança como explica Bento XVI nesta encíclica Spe Salvi, é impossível para o homem chegar ao seu destino. Em outras palavras; sem Deus o homem deixa de existir, pois a nossa existência só tem finalidade em Deus.
“Somente em Deus o homem consegue chegar a seu verdadeiro eu, sua verdadeira identidade.” Bento XVI

Fomos criados para o Amor

Fomos criados para o amor

Temos a certeza de que Deus nos criou “para o amor”. Busquemos na Palavra de Deus, a fundamentação dessa verdade. “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança”. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que se arrastam sobre a terra. Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, criou o homem e a mulher.

É interessante perceber que em dois versículos repete-se por três vezes a mesma decisão divina de “criar o homem e a mulher à imagem e semelhança de Deus”! Diz o texto: “Deus criou o homem à sua imagem!”… “Criou-o à imagem de Deus!”… “Criou o homem e a mulher!…” Já podemos afirmar com alegria que todos… Todos fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Já podemos afirmar com alegria que você foi criado à imagem e semelhança de Deus!…

Criados à imagem e semelhança de Deus Mas de imediato precisamos nos perguntar: O que significa se “imagem e semelhança de Deus”?… Quando é que alguém é imagem e semelhança de Deus?… Quando é que sou imagem e semelhança de Deus?… Ser semelhança de Deus é ser Amor, porque Deus é Amor. Ora, se Deus é amor, você que é imagem e semelhança de Deus é amor. Então fomos criados “para o amor”! Fomos criados para “sermos amor”! Você, jovem mulher ouça bem: Você foi criada para “ser amor!” Amor em forma de mulher! E você, jovem homem, ouça com alegria: você foi criado para ser amor! Amor em forma de homem!… Todos, portanto, fomos criados para ser amor. Quando declaramos essa realidade, não estou falando apenas de algo romântico… Poético… Emocionante… Interessante para ser ouvido! Não!… Estou declarando uma das verdades mais importantes da vida do ser humano! Trata-se de uma das verdades existenciais mais significativas e relevantes para o ser humano!… Por quê? É porque se você foi criada para ser amor, você só se realizará na vida… Só será realmente feliz… Se você “se realizar” no amor! Essa é uma verdade fundamental para o ser humano!… O que faz uma pessoa feliz, realizada e contente é a vivência do amor!…

Família: ninho de amor… Deus, que nos criou à Sua imagem e semelhança, sabia que, para sermos amor, precisaríamos de um lugar especial para viver o amor! Precisaríamos de um lugar especial em que pudéssemos ser amados e também pudéssemos amar. Pois é exatamente por meio desta troca de amor, por meio deste jogo “de sermos amados… e de amarmos”… É que chegamos a maturidade do amor. E por causa dessa maturidade do coração é que nós nos sentiremos realmente realizados e felizes. Ouçam com quatro ouvidos: “Esse lugar especial do amor é a família”! Sim é a família! Foi exatamente para isso, para ser um ninho de amor que Deus a criou!”É importante termos clareza desse dado”! No pensamento de Deus, a família é para ser um lugar para a vivência do amor, é para ser um ninho de amor! Um ninho de amor em que as pessoas humanas possam se aninhar para receber amor, para dar amor, para crescer no amor… E por esse amor partilhado, serem realizadas e felizes. Porque, repito, só o amor pode realizar verdadeiramente o coração humano! Deus criou a família para ser um ninho de amor. E quando alguém tem a felicidade e a graça de viver numa família onde se vive o amor, essa pessoa tem muito mais chances de ser realizada e feliz. Mas, quando, ao contrário, um filho não encontra em sua família um ninho de amor, mas sim um lar desajustado, pais separados, casal que briga com freqüência…Com certeza esse filho ficará marcado por traumas, recalques, carências afetivas e tantos outros problemas. E por causa desse desamor sofrido, será portador de sofrimento , de marcas dolorosas, que irão afetar a sua vida e sua realização pessoal e familiar. Quantas pessoas são infelizes, irrealizadas e cheias de problemas exatamente porque não tiveram a felicidade de nascer num ninho de amor! No lar podemos receber, dar, trocar e amadurecer no amor.

Citação do documento da Igreja, Sexualidade Humana, verdade e significado. O ser humano, enquanto imagem de Deus, é criado para amar. Esta verdade foi-nos revelada plenamente no Novo Testamento, juntamente com o mistério da vida intratrinitária: “Deus é amor” (1 Jo 4,8) e vive em si mesmo um mistério de comunhão pessoal de amor. Criando-a à sua imagem…, Deus inscreve na humanidade do homem e da mulher a vocação, e, assim, a capacidade e a responsabilidade do amor e da comunhão. O amor é, portanto, a fundamental e originária vocação do ser humano”. Todo o sentido da própria liberdade, do autodomínio conseqüente, é assim orientado ao dom de si na comunhão e na amizade com Deus e com os outros.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Como é bom e agradavel para os irmãos viverem em união


Foi um dia muito feliz, tocamos num retiro maravilhoso, cheio de vida e de unção, com muitos testemunhos, música e adoração. Depois tocamos na missa que foi maravilhosa e nosso amigo Luiz tocou conosco e faz parte da nossa famíla Deus Proverá, um grande músico, e um enorme mano.