sábado, 12 de junho de 2010

Maria conservava todas estas coisas ponderando-as no seu coração

Lucas 2,41-51.
Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa. Quando Ele chegou aos doze anos, subiram até lá, segundo o costume da festa. Terminados esses dias, regressaram a casa e o menino ficou em Jerusalém, sem que os pais o soubessem. Pensando que Ele se encontrava na caravana, fizeram um dia de viagem e começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Não o tendo encontrado, voltaram a Jerusalém, à sua procura. Três dias depois, encontraram-no no templo, sentado entre os doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas. Todos quantos o ouviam, estavam estupefactos com a sua inteligência e as suas respostas. Ao vê-lo, ficaram assombrados e sua mãe disse-lhe: «Filho, porque nos fizeste isto? Olha que teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura!» Ele respondeu-lhes: «Porque me procuráveis? Não sabíeis que devia estar em casa de meu Pai?» Mas eles não compreenderam as palavras que lhes disse. Depois desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração.


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por Bem aventurada Isabel da Santíssima Trindade (1880-1906), carmelita Último retiro, 15º dia (OC, Cerf 1991, p. 184)


«Maria conservava todas estas coisas ponderando-as no seu coração» (Lc 2, 19)

«A Virgem guardava estas coisas no seu coração.» Toda a sua história pode resumir-se nestas palavras! Foi no seu coração que viveu, e em tal profundidade, que o olhar humano não consegue acompanhá-la. Quando leio no Evangelho: «Por aqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade da Judeia» (Lc 1, 39) para ir cumprir o seu serviço de caridade junto de sua prima Isabel, vejo-a passar tão bonita, tão calma, tão majestosa, tão recolhida interiormente com o Verbo de Deus. Como se a sua oração fosse continuamente: «Eis aqui». Quem? «A serva do Senhor» (Lc 1, 38), a última das Suas criaturas: Ela, a sua Mãe! Foi tão verdadeira na sua humildade porque permaneceu esquecida, alheada, liberta de si própria. Por isso pôde cantar: «O Todo-poderoso fez em mim maravilhas; de hoje em diante, me chamarão bem-aventurada todas as
gerações» (Lc 1, 49.48).

Esta Rainha das Virgens é também Rainha dos mártires. Mas será ainda no seu coração que a espada a trespassará (Lc 2, 35), porque com Ela tudo se passa interiormente. [...] Oh! Como é bela de contemplar durante o seu longo martírio, tão serena, envolvida numa espécie de majestade que respira ao mesmo tempo força e doçura! É como se tivesse aprendido com o próprio Verbo como devem sofrer os que o Pai escolheu como vítimas, aqueles que Ele decidiu unir à grande obra da redenção, aqueles que «conheceu e predestinou para serem uma imagem idêntica à do Seu Filho» (Rom 8, 29), crucificado por amor. Ela está junto à cruz, de pé, com força e coragem.


sexta-feira, 11 de junho de 2010

SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS




Sagrado Coração de Jesus é uma devoção praticada pela Igreja Católica que se comemora todas as primeiras Sextas-feiras de cada mês. Consiste na veneração do Coração de Jesus.

A origem desta devoção deve-se a Santa Margarida Maria Alacoque, uma religiosa de uma Congregação conhecida como Ordem da Visitação. A Santa Margarida Maria teve extraordinárias revelações por parte de Jesus Cristo, que a incumbiu pessoalmente de divulgar e propagar no mundo esta piedosa devoção. Foram três as aparições de Jesus: A primeira, deu-se a 27 de Dezembro de1673, a segunda em 1674 e, a terceira, em 1675.

Jesus deixou doze grandes promessas às pessoas que, aproveitando-se da Sua divina misericórdia, participassem das comunhões reparadoras das primeiras sextas-feiras. Disse Ele, numa dessas ocasiões a Santa Margarida: "Prometo-te, pela Minha excessiva misericórdia e pelo amor todo-poderoso do meu Coração, conceder a todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, a graça da penitência final; não morrerão em minha inimizade, nem sem receberem os sacramentos, e Meu Divino Coração lhes será seguro refúgio nessa última hora".



Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida




Lucas 15,3-7.
Jesus propôs-lhes, então, esta parábola:
«Qual é o homem dentre vós que, possuindo cem ovelhas e tendo perdido uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai à procura da que se tinha perdido, até a encontrar? Ao encontrá-la, põe na alegremente aos ombros
e, ao chegar a casa, convoca os amigos e vizinhos e diz-lhes: 'Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida.' Digo-vos Eu: Haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não necessitam de conversão.»


Comentário ao Evangelho do dia feito por Bem-aventurado João XXIII (1881-1963), papa Diário da Alma, 1901-1903

«Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida.»

Sinto que o meu Jesus Se vai aproximando cada vez mais de mim. Permitiu que, nestes dias, eu caísse ao mar, me afundasse na consideração das minhas
misérias, da minha soberba, para me fazer compreender mais a
imperiosa
necessidade que tenho Dele. Quando estava prestes a afundar-me, Jesus,
caminhando sobre as águas, veio sorridente ao meu encontro para me salvar.
Eu queria dizer-Lhe, como Pedro: «Afasta-Te de mim, que sou um homem
pecador» (Lc 5, 8); mas a ternura do Seu coração, a suavidade do Seu tom de
voz, advertiu-me: «Não tenhas medo» (Lc 5, 10).

Nada temo, ao Vosso lado. Descanso no Vosso peito; como a ovelha perdida,
escuto os latejos do Vosso coração; Jesus, sou Vosso, uma vez mais, sempre
Vosso. Contigo sou verdadeiramente grande; débil talo de junco sem Ti, sou
uma coluna apoiado em Ti. Não me hei-de esquecer nunca da minha miséria,
para recear sempre de mim mesmo; mas, embora humilhado e confuso, devo, com
confiança crescente, abraçar-me ao Vosso coração, porque a minha miséria é
o trono da Vossa misericórdia e do Vosso amor.



terça-feira, 8 de junho de 2010

Pegadas na Areia



Uma noite eu tive um sonho...

Sonhei que estava andando na praia com o Senhor.

E através do Céu, passavam cenas de minha vida.

Para cada cena que passava,
percebi que eram deixados dois pares
de pegadas na areia

Um era o meu e o outro era do Senhor.

Quando a última cena de minha vida passou
diante de nós, olhei para trás
e notei que muitas vezes no caminho da minha vida

havia apenas um par de pegadas na areia.

Notei também que isso aconteceu
nos momentos mais difíceis e angustiantes
do meu viver.

Isso aborreceu-me deveras e perguntei

- Senhor, Tu me disseste que uma vez que eu resolvi Te seguir, Tu andarias sempre comigo, todo o caminho.


Mas notei que durante as maiores dificuldades do meu viver havia na areia dos caminhos da vida, apenas um par de pegadas.

Não compreendo Senhor porque nas horas que mais necessitava de ti.
Tu me deixastes.
Tu me abandonastes.

- Minha preciosa filha.
Eu te amo e jamais te deixaria
nas horas da tua provação e do teu sofrimento.

Quando vistes na areia apenas um par de pegadas,
foi exatamente aí que:



EU TE CARREGUEI EM MEUS BRAÇOS !!!



Precisamos de Santos de calça jeans e tênis














Precisamos de Santos


Precisamos de Santos sem véu ou batina.

Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.

Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.

Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade.

Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.

Precisamos de Santos modernos, santos do século XXI, com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.

Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.

Precisamos de Santos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.

Precisamos de Santos que bebam coca-cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem disc man.

Precisamos de Santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refri ou comer uma pizza no fim-de-semana com os amigos.

Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.

Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos".

(João Paulo II)



domingo, 6 de junho de 2010

A morte não é nada. (Santo Agostinho)




A morte não é nada.

Eu somente passei para o outro lado do Caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês, eu continuarei sendo.

Me dêem o nome que vocês sempre me deram,
falem comigo como vocês sempre fizeram.

Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas,
eu estou vivendo no mundo do Criador.

Não utilizem um tom solene ou triste,
continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.

Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra
ou tristeza.

A vida significa tudo o que ela sempre significou,
o fio não foi cortado.

Porque eu estaria fora de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora de suas vistas?

Eu não estou longe,
apenas estou do outro lado do Caminho...

Você que aí ficou,
siga em frente,
a vida continua,
linda e bela
como sempre foi.


Santo Agostinho, 429


Papa Bento XVI defende no Chipre a unidade de todos os cristãos para fortalecer a Igreja




O Papa Bento XVI defendeu hoje, numa cerimônia em Paphos, no sul de Chipre, a unidade de todos os cristãos para fortalecer a Igreja no mundo atual.


«A unidade de todos os discípulos de Cristo é um dom que deve ser evocado junto do Pai na esperança que ela afirme o testemunho do Evangelho no mundo de hoje»

, declarou o Papa, lembrando que há 100 anos «a consciência clara de que as divisões eram um obstáculo à difusão do Evangelho levou ao nascimento do movimento ecumênico moderno». Assinalou que «especialmente nos últimos anos, as diferentes Igrejas redescobriram a rica herança apostólica que é comum no Leste e no Oeste e através de um diálogo paciente e sincero» encontraram os caminhos para aproximar «uns e outros, superando as controvérsias passadas». O diálogo entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa russa registra um novo ânimo desde as eleições de Bento XVI e do Patriarca de Moscou Cirillo. A Igreja Ortodoxa cipriota tem fortes laços com a russa. «A Igreja em Chipre, que serviu de ponte entre o Leste e o Oeste, contribuiu muito para este processo de reconciliação», disse o papa. Bento XVI indicou que o sínodo sobre o Médio Oriente, programado para o Vaticano de 10 a 24 de outubro, «refletirá sobre o papel vital dos cristãos nesta região (…) e contribuirá para promover um diálogo e uma cooperação maiores» entre eles.

À chegada a Chipre para uma visita de três dias, Bento XVI desejou que a vontade de«viver em harmonia com os vizinhos» possa resolver os problemas na ilha, dividida entre as comunidades cipriotas grega e turca. Chipre está dividida desde 1974, quando a Turquia invadiu o norte da ilha após um golpe de Estado de nacionalistas cipriotas-gregos, visando anexar o país à Grécia. Durante a sua primeira visita a um país de maioria ortodoxa, Bento XVI tem prevista a celebração de duas missas em Nicósia (capital do Chipre), sábado e domingo.