segunda-feira, 6 de julho de 2009

Levanta-te menina!!!!


Mateus 9,18-26.
Enquanto Jesus lhes dizia estas coisas, aproximou-se um chefe que se
prostrou diante dele e disse: «Minha filha acaba de morrer, mas vem
impor-lhe a tua mão e viverá.»
Jesus, levantando-se, seguiu o com os discípulos.
Então, uma mulher, que padecia de uma hemorragia há doze anos, aproximou se
dele por trás e tocou-lhe na orla do manto,
pois pensava consigo: 'Se eu, ao menos, tocar nas suas vestes, ficarei
curada.’
Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse-lhe: «Filha, tem confiança, a tua fé te
salvou.» E, naquele mesmo instante, a mulher ficou curada.
Quando chegou a casa do chefe, vendo os flautistas e a multidão em grande
alarido, disse:
«Retirai-vos, porque a menina não está morta: dorme.» Mas riam-se dele.
Retirada a multidão, Jesus entrou, tomou a mão da menina e ela ergueu-se.
A notícia espalhou-se logo por toda aquela terra.

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Comentário ao Evangelho do dia feito por

Santo Atanásio (295-373), Bispo de Alexandria, Doutor da Igreja
Sobre a Incarnação do Verbo, 8-9 (a partir da trad. breviário; cf SC 190, pp. 288ss.)

«Jesus entrou, tomou a mão da menina e ela ergueu-se»

O Verbo, a Palavra de Deus, incorpórea, incorruptível e imaterial, veio
habitar no meio de nós, ainda que antes não tivesse estado ausente. Com
efeito, não deixara parte alguma da criação privada da Sua presença, pois
Ele estava em todas as coisas e em toda a parte, Ele que mora junto do Pai.
Mas tornou-Se presente humilhando-Se por causa do Seu amor por nós, e a nós
Se manifestou [...]. Teve piedade da nossa espécie, teve compaixão da nossa
fragilidade, condescendeu para com a nossa perecível condição. Não aceitou
que a morte nos dominasse; não quis ver perecer o que tinha iniciado, nem
que se malograsse a obra de Seu Pai ao criar o homem. Tomou portanto um
corpo, e um corpo que não era diferente do nosso. Porque Ele não queria
somente habitar um corpo nem somente manifestar-Se. Se tivesse apenas
querido manifestar-Se, teria podido realizar essa teofania com outro e
maior poder. Mas não: foi de facto um corpo igual ao nosso que Ele tomou
[...].

O Verbo tomou um corpo capaz de morrer para que esse corpo, ao participar
do Verbo que está acima de tudo [...], se tornasse imperecível pelo poder
do Verbo que nEle existe, e para libertar da degradação definitiva todos os
homens, pela graça da ressurreição. O Verbo ofereceu pois à morte o corpo
que tinha tomado, como sacrifício e vítima isenta de toda a mácula; e logo
aniquilou a morte, dela libertando todos os homens Seus semelhantes, pela
oferenda desse corpo que se lhes assemelha.

O Verbo de Deus, a todos superior, que oferecia o Seu próprio templo, o Seu
corpo, em expiação de todos, pagou a nossa dívida com a Sua morte,
cumprindo a justiça de Seu Pai. Unido a todos os homens por um corpo
semelhante, o Filho incorruptível de Deus a todos reveste de
incorruptibilidade, com a promessa da ressurreição. A própria corrupção,
implicada na morte, já não tem poder algum sobre os homens, por causa do
Verbo que entre eles habita num único e mesmo corpo.

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