terça-feira, 26 de outubro de 2010

Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto






Lucas 13,18-21
Disse, então: «A que é semelhante o Reino de Deus e a que posso compará-lo? É semelhante a um grão de mostarda que um homem tomou e deitou no seu quintal. Cresceu, tornou-se uma árvore e as aves do céu vieram abrigar-se nos seus ramos.» Disse ainda: «A que posso comparar o Reino de Deus? É semelhante ao fermento que certa mulher tomou e misturou com três medidas de farinha, até ficar levedada toda a massa.»



Comentário ao Evangelho do dia feito por São Máximo de Turim (? - c. 420), bispo CC Sermão 25; PL 57, 509ss. (a partir da trad. coll. Pères dans la foi, Migne 1996, p. 123
)

Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morre
r, dá muito fruto (Jo 12, 24)

«Um homem tomou um grão de mostarda e deitou-o no seu quintal; cresceu, tornou-se uma árvore, e as aves do céu vieram abrigar-se nos seus ramos.» Procuremos ver a quem se aplica tudo isto. [...] Penso que a comparação se aplica mais precisamente a Cristo Nosso Senhor que, ao nascer na humildade da condição humana, como uma semente, sobe finalmente ao céu como uma árvore. Cristo é o grão esmagado na Paixão; torna-se uma árvore na ressurreição. Sim, Ele é grão quando, faminto, sofre por falta de alimento; é uma árvore quando, com cinco pães, satisfaz a fome a cinco mil pessoas (Mt 14, 13ss.). Ali, experimenta o despojamento da Sua condição humana, aqui espalha a saciedade pela força da Sua divindade.


Diria que o Senhor é grão quando é ferido, desprezado, insultado; é árvore quando devolve a vista aos cegos, reanima os mortos e perdoa os pecados. Ele mesmo reconhece que é grão: «Se o grão de trigo lançado à terra não morrer» (Jo 12, 24)

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