terça-feira, 29 de junho de 2010

São Pedro e São Paulo, apóstolos - Solenidade




Mateus 16,13-19.
Ao chegar à região de Cesareia de Filipe, Jesus fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: «Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?» Eles responderam: «Uns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum dos profetas.» Perguntou-lhes de novo: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Tomando a palavra, Simão Pedro respondeu: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo.» Jesus disse-lhe em resposta: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não
foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu. Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela. Dar-te ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.»


Comentário ao Evangelho do dia feito por Aelred de Rielvaux (1110-1167), monge cistercense Sermão 16, para a festa dos Santos Pedro e Paulo; PL 195, 298-302 (a partir da trad. Bouchet, Lectionnaire, pp. 451-452)

«Sobre esta pedra, edificarei a Minha Igreja»

Todos os apóstolos são «pilares da terra» (Sl 74,4), mas são-no em primeiro lugar os dois cuja festa celebramos. Eles são os dois pilares que conduzem a Igreja, através dos seus ensinamentos, da sua oração e do exemplo da sua perseverança. Estes pilares foram alicerçados pelo próprio Senhor. Inicialmente, eram fracos e não eram capazes de guiar, nem a si próprios, nem aos outros. E aqui aparece o grande desígnio do Senhor: se tivessem sido sempre fortes, poder-se-ia pensar que a sua força vinha deles. O Senhor, antes de os fortalecer, também quis mostrar aquilo de que eram capazes, para que todos soubessem que a sua força vem de Deus.

O Senhor é que fundou estes pilares da terra, ou seja, da Santa Igreja. É por isso que devemos louvar com todo o coração os nossos santos pais, que suportaram tantos tormentos pelo Senhor e que perseveraram com tanta força. Perseverar na alegria, na prosperidade e na paciência não vale grande coisa. Grande é aquele que é apedrejado, chicoteado, agredido por amor a Cristo, e em tudo isso persevera com Cristo (2Cor 11, 25). É grande ser amaldiçoado e abençoar com Paulo [...], ser como a escória do mundo e disso tirar glória (1Cor 4, 12-13). [...] E que dizer de Pedro? Mesmo que nada tivesse suportado por Cristo, bastava ter sido crucificado por Ele para o festejarmos até hoje. A cruz foi a sua estrada.

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