sexta-feira, 2 de julho de 2010

«À mesa com Jesus»

Mateus 9,9-13.
Partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-me!» E ele levantou se e seguiu-o. Encontrando-se Jesus à mesa em sua casa, numerosos cobradores de impostos e outros pecadores vieram e sentaram-se com Ele e seus discípulos. Os fariseus, vendo isto, diziam aos discípulos: «Porque é que o vosso Mestre come com os cobradores de impostos e os pecadores?» Jesus ouviu-os e respondeu-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Ide aprender o que significa: Prefiro a misericórdia ao sacrifício. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.»


Comentário ao Evangelho do dia feito por São Beda, o Venerável (c. 673-735), monge, Doutor da Igreja Homilias sobre os Evangelhos, I, 21 ; CCL 122, 149-151 (a partir da trad. Orval rev.)

«À mesa com Jesus»

«Encontrando-Se Jesus à mesa em sua casa, numerosos cobradores de impostos e outros pecadores vieram e sentaram-se com Ele e Seus discípulos.» Procuremos compreender com maior profundidade o acontecimento até aqui relatado. Mateus não quis apenas oferecer ao Senhor uma refeição material
na sua morada terrestre mas, com a sua fé e amor, preparou-Lhe na verdade um banquete na casa do seu coração, como dá testemunho aquele que diz: «Eu estou à porta e bato: se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, Eu entrarei na sua casa e cearei com ele e ele Comigo» (Ap 3,20).

Sim, o Senhor está à nossa porta e bate quando torna o nosso coração atento à Sua vontade, seja através da palavra dos que a ensinam, seja por inspiração interior. Abrimos a porta ao chamado da Sua voz quando livremente aceitamos os Seus ensinamentos interiores ou exteriores e quando, tendo compreendido o que devemos fazer, o cumprimos. E Ele entra para cear, Ele connosco e nós com Ele, porque Ele mora no coração dos Seus amigos, pela graça do Seu amor, para os alimentar Ele próprio, eternamente, com a luz da Sua presença. Assim, os desejos dos Seus amigos tornam-se cada vez mais elevados, e o próprio Se Senhor alimenta do zelo destes para com o céu, como do mais delicioso alimento.

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